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Terra Brasilis, algum dia de 2022.

LP DORSAL ATLÂNTICA 2012 – Edição Comemorativa de 10 anos. 

A história da campanha em 2012:

O CD foi inteiramente financiado pelos imortais fãs da DORSAL ATLÂNTICA, através de uma campanha de financiamento coletivo realizada durante 45 dias pelo site CATARSE.ME e finalizada no dia 9 de junho de 2012.

Na madrugada de 9 de junho de 2012, 315 apoiadores mudaram a história deste país. Até o último dia da campanha já eram 397 investidores e mais de 8 mil curtidores no Facebook.
O CD não foi uma vitória da banda, foi uma conquista de todos. A história da relação entre artista e público foi reescrita pelo povo e para o povo.

A formação, Carlos Lopes, Cláudio Lopes e Hardcore se reúnem após 22 anos e marcam a música pesada brasileira com o 2012, “disco vermelho”, “álbum do cristo”ou como queira chamar.

Em 2021 dois amigos, fãs da DORSAL, com seus selos independentes, decidem fazer uma versão em vinil do CD.

A masterização ficou por conta de Sérgio Filho do Overloud Studio, do Rio de Janeiro.

Limitada em 300 cópias, o LP colorido acompanha postais, adesivo, zine, patch e um lindo poster feito por Carlos Lopes.

Acompanhe a banda: Instagram | Facebook | Site Oficial

Pandemia é o décimo segundo disco de estúdio da Dorsal Atlântica, que em 2021 comemorou 40 anos de nosso primeiro show – ainda com o nome Ness. A banda foi fundada em 1981 com os objetivos de contribuir com o desenvolvimento do Heavy Metal no Brasil e combater a ditadura. E, após quatro décadas, a Dorsal ainda tem o que dizer porque a sua razão de ser, o nosso “ikigai” ainda não foi plenamente alcançado: o fim da mentalidade militarista e ditatorial. Inclusive no mundo do rock.

Gravado nos últimos meses de 2020 e mixado em 2021, Pandemia canta, não sem dor, um país devastado pelo seu próprio povo que escolheu um jumento para ser o seu líder supremo. Um “comandante” que representa a pior face de milhões de pessoas, – na verdade animais em nossa história: racista, ressentida, intolerante, ignorante, colonizada, desumana, invejosa e hipócrita.

Em Canudos, a rusticidade é um som que perpassa todos os instrumentos e em Pandemia é a guitarra agreste que mais desempenha este papel, mantendo a rusticidade e a devida agressividade. Termos mixado a bateria –  mais na cara – acrescentou muito à musicalidade do álbum. Assim como o uso das guitarras na linha (isso mesmo: guitarras também gravadas na entrada mic do computador para remeter aos sons de guitarras das bandas brasileiras na virada dos anos 1960 para 1970). Muito brutal. O Pandemia soa mais bonito, mas mantém a estética de Os Sertões. É um passo além em nossa carreira.

As vinhetas e trechos das demos mixados à gravação em estúdio remetem à forte influência que tive da faixa My Mummy´s Dead do álbum de John Lennon/Plastic Ono Band de dezembro de 1970.

Considero Pandemia o mais melódico de nossos trabalhos, porém com uma estrutura simples, vinda de cantigas de roda, e do baião, sem descartar toda uma tradição que inclui o hardcore e o metal tradicional. Também é um trabalho autorreferencial, que tanto fala sobre a nossa carreira, como sobre quem nos influenciou – e o que escutávamos em nossa fase de formação, até os primeiros anos da década de 1980. 

E talvez, este seja o trabalho com as letras mais fortes que já escrevi. Infelizmente, letras desesperançadas. “O país caminha dividido rumo ao precipício” e “Todos somos culpados”. 

“Na meia luz surgem os monstros.” (Antonio Gramsci)

Nas décadas anteriores, escrevi sobre o país, e contribuía para a reflexão conforme era possível, mas principalmente após o golpe de 2016, e com todo o ódio exposto em redes sociais inspirei-me para escrever faixas como RESISTÊNCIA: “QUERO DEUS, DINHEIRO E FAMA. FILA DE MULHER GOSTOSA NA CAMA. TUDO PARA OS MEUS, E O RESTO QUE SE DANE. MAIS DO QUE ELEMENTAR. SOMOS 57 MILHÕES AMPARADOS PELOS MILITARES”.

Carlos Lopes, 2021.

Em Brazilândia, a sociedade é dividida entre 3 etnias: os equinos que governam, o povo canino e os símios militares. Um jumento é eleito como Primeiro Ministro através de um golpe dado com o judiciário e os generais gorilas. O novo governo infecta a população com o vírus da burrice, a pandemia da ignorância. Seus fanáticos seguidores empilham livros em fogueiras, clamam que a terra é plana e lotam os templos porque crêem que o Deus Sumé as salvará do vírus, enquanto esses mesmos fanáticos destroem terreiros de Candomblé e incendeiam laboratórios, faculdades e livrarias.

A masterização ficou por conta de Sérgio Filho do Overloud Studio, do Rio de Janeiro.

 

Limitada em 250 cópias numeradas à mão, sendo 125 em vinil vermelho e 125 em vinil laranja.

 

Acompanhe a banda: Instagram | Facebook | Site Oficial

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